sexta-feira, 2 de maio de 2008

Ser mulher na caverna de Platão


Hoje me apropriei de ideias flutuantes. As peguei para mim e fiz um banquete.
Há certas coisas e pessoas as quais encontramos em nosso caminho que nos faz pensar sobre a grandeza do ser, do nosso ser,do outro ser. E há também os limites necessários às mais variadas formas de se relacionar com um ser humano. Estou pensando muito no paradoxo entre sentir afinidades e impor limites.

Quando admiramos características alheias muitas vezes nos esquecemos que ninguém é perfeito e por mais um monte de diversas vezes nos fixamos apenas no que há de bom esquecendo que permitir tudo pode ultrapassar limites saudáveis de convivência(Em qualquer circunstância... como disse uma amiga psicóloga "o ser humano precisa de limites", ou vulgarmente falando "quem abaixa demais mostra a bunda"). Principalmente quando falamos da sociedade em que vivemos. E falo de relacionamentos em geral. Profissionais, fraternos e românticos.

Nós, mulheres, temos que assumir um papel cheio de pressão. Temos que ser mulheres, amigas, educadas, cultas, espertas, bonitas e - além de tudo, não se pode esquecer - é feio, muito feio uma mulher passando dos limites. E, neste momento, me pergunto: Onde está essa força para a perfeição gregoriana, meu Deus????

Generalizo o tema mulher por ser mulher e achar que tudo isso me confunde a cabeça.
E, então, onde entra o tal do limite? Eu, na posição de mulher, me vejo defronte à situações as quais tenho que me tornar interminantemente rude para simples proteção e imposição de respeito.

Sommos cobradas pela sociedade para sermos o verdadeiro esteriótipo da mulher maravilha: Profissionalmente bem sucedida , fraternalmente doce e presente, amorosamente gentil, calma, dedicada e disposta. Palmas aos limites!!!!!!!!!!!!!!! Somos MULHERES! Com pausa para lembrarmos a todos que somos HUMANAS!

Se você quer se preservar você deve impor limites para que não te julguem e não te tratem como bem entender. Errar, falhar e possuir defeitos também é bom. É justo e faz parte da realidade da mulher que é MULHER.

Então, entra a outra questão.... Por que se preocupar em ser julgada o tempo inteiro???

Vi um filme maravilhoso que fala sobre "poder além da vida", que é o poder que temos de atenuar as questões de nossa mente e agir por AMOR e com RESPEITO A NOSSOS LIMITES para, por fim, superá-los dia a dia...paulatinamente. Independente do que a sociedade te impõe o tempo todo.
Dentre uma e outra questão me reduzo apenas a tentar entender... Será pensar demais?? rs